Em 24 de fevereiro de 1932, o Código Eleitoral brasileiro assegurou as mulheres o voto, mas apenas mulheres casadas, com autorização dos maridos, e viúvas com renda própria, podiam exercer seus direitos. De lá para cá, as mulheres conquistaram cada vez mais os seus direitos de igualdade
Neste dia, 24 de fevereiro, faz exatamente 88 anos que é permitido às mulheres de exercerem o direito do voto. Para celebrar este marco feminino, a ex vereadora de Candiota, Giselma Pereira, falou sobre a data para o Gente Jornal.
Giselma é formada em pedagogia com pós em gestão escolar, foi vereadora candiotense , atuou como secretária Municipal de Educação. Hoje está aposentada das salas de aulas do município, atuante apenas no ensino estadual. Mantendo seu vínculo com a política e com as demandas da sociedade.
Ela ressaltou sobre a internacionalização do movimento sufragista, que favoreceu a conquista do voto feminino em diversos países. “Precisamos salientar que esse cenário não era algo apenas daqui do Brasil. Ouros países, como França que legalizou o voto em 1941, Suíça em 1971, também passavam por estas desigualdades. Sendo que este movimento, obteve mais forças no século XX, encabeçado pela militância feminina da Grã-Bretanha e Estados Unidos, que organizou e alertou mulheres do mundo todo para aclamar por seus direitos”, explicou a ex edil.
No Brasil, em 1932, o Código Eleitoral assegurou as mulheres o voto, mas apenas mulheres casadas, com autorização dos maridos, e viúvas com renda própria, podiam exercer seus direitos. Apenas dois anos depois, estas restrições extinguiram e o voto feminino passou a ser previsto na Constituição Federal.
A pedagoga relembrou sobre Celina Guimarães, que também era professora , e foi a primeira mulher eleitora, não só do Brasil, como da América Latina. “ No cenário atual, representamos 53% do eleitorado brasileiro e mesmo assim, ocupamos poucas cadeiras nos cargos eletivos. Há muitos anos atrás vimos estas mulheres lutando por nossos direitos. Mulheres pioneiras na conquista feminina de ocupar espaço e por igualdade. Precisamos continuar nossa caminhada e avançar cada vez mais, assim como estas guerreiras do passado, a cada mulher que não se cala e aclama por seus direitos está fazendo história”, concluiu.
Esta data está no calendário desde 2015, que foi promulgada pela Lei nº 13.086, intitulada de O Dia da Conquista do Voto Feminino.
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