A secretária da SMED se aproveitou de um mal entendido por parte de um e outro internauta que confundiu fechamento de sala de aula, com fechamento de escola, para diminuir o impacto das duras críticas da população sobre o processo de discussão mal conduzido por ela, no caso envolvendo em torno de 30 alunos da zona rural que terão que percorrer quilômetros para estudar na sede do município.
Internautas contestaram nas redes sociais a decisão do prefeito Renato Machado (Progressista), como também a defesa feita pela secretária de Educação e Cultura Adriana Martinez Delabary, na última semana, para a polêmica decisão de transferir cerca de 30 alunos dos Anos Finais da Escola Municipal Nova Esperança, localizada na zona rural para a Escola Municipal Monteiro Lobato, na sede do município.
Um fato levantado nas postagens foi o deslocamento de quilômetros de distância que os alunos vão percorrer, “Vai ser mais de 40 quilômetros porque o ônibus entra em 4 corredores, as primeiras crianças a embarcar seria em torno de 60 quilômetros. É desumano com estas crianças e adolescentes: 60 para irem e mais 60 na volta”, protestou uma internauta.
Outro fato muito criticado foi a construção da comunicação com os pais dos alunos tão propagada pela secretária, isto porque o horário não ajudaria a presença da comunidade escolar, além de não ter sido difundido para toda a cidade com antecedência o real interesse envolvendo a reunião realizada na escola, no dia 20 de fevereiro, às 9h.
“Nunca foi dito que a escola Colônia Nova Esperança iria fechar, pelo menos no primeiro momento, e sim que seria fechado o turno da manhã do 6°ao 9° ano”, destacou outra internauta, contrariamente ao afirmado pela secretária Adriana que “a escola não vai ser fechada como dito nas redes sociais”.
Renato comete o mesmo erro de governantes passados
Nossa reportagem conversou com alguns moradores de quando a cidade era parte de Bagé. No relato de todos sobre o passado do município vai conhecer o drama vivido pelos alunos em ter de estudar em Bagé, “tinham que suportar frio, chuva, calor e a distância, muitas vezes até mesmo mal alimentados, tudo para poderem ser alguém na vida”, dizem os relatos.
O fato que choca alguns destes moradores que o Gente Jornal conversou é que agora, Renato Machado como mandatário do município, na hora de fazer a diferença, mantém o mesmo pensamento distorcido e atrasado daqueles governantes que foram criticados de forma veemente por pessoas como ele (Renato), quando fazia política para se tornar prefeito.
Outra constatação é que a decisão de Renato como chefe do executivo é punitiva aos alunos da Escola Municipal Nova Esperança que devem conviver com “o absurdo que é querer estudar tendo que enfrentar os mesmos desafios que estudantes no passado hulhanegrense tiveram que suportar”.